segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Gastronomia em Paranaíba?? Existe, sim!!

Todo final de ano é a mesma coisa: não importa em qual canto do Brasil eu esteja morando... uma visita à minha cidade natal está sempre na agenda. Ainda que Paranaíba seja uma pequena cidade com grandes problemas, foi ali que eu nasci, cresci, onde reencontro a maior parte da minha família e amigos de infância e, óbvio, onde eu mato saudade de todas as coisas gostosas que como desde pequenininha (isso, beeemm pequenininha, hehehe).



Essa lista de comidas de infância é vasta e começa, claro, com os pratos da minha mãe, cozinheira de mão cheia, lembrada por todos os paranaibenses quando o assunto é boa mesa. Suas delícias formaram a base do meu paladar e fizeram eu me apaixonar pela cozinha! Tem também os bolos e café da vovó, o feijão, bolo de sal e a maionese das minhas tias, as bolinhas de queijo curado das doceiras, o requeijão e as pamonhas da fazenda, e muuito, muito mais. Isso porque Paranaíba fica no estado de Mato Grosso do Sul, mas faz fronteira com Minas, Goiás e São Paulo e por isso a nossa gastronomia é uma miscelânea resultante de todas essas influências maravilhosas. Aqui, além do onipresente churrasco de todos os dias, nós temos carreteiro, galinhada com creme de milho, feijoada, doces em compota, pão de queijo, curau, angu, frango com quiabo, frango com gueirova, arroz com suã, quibebe e mais, e mais e mais.

Com tanta coisa gostosa, cada família acaba tendo receitas preferidas que variam bastante. Mas, naqueles idos de 1980, quando a mãe se cansava de cozinhar, nas ocasiões especiais ou depois da missa de domingo, as famílias aproveitavam para passear e comer na feira ou nos restaurantes e lanchonetes locais. Vocês podem imaginar que em um cidade de 40 mil habitantes, há 30 anos atrás, a oferta de lugares para se comer fora de casa não era, digamos,  muito ampla.... Alguns fizeram sucesso e depois sumiram, ou partiram: quem não se lembra do Castelo de Ouro, das pizzas do Genésio e da Di Napoli, dos sorvetes da Branca de Neve e Gelaguela, da pipoca e o pudim do Seu Manoel, na porta da Igreja??? Há outros que começaram lá na década de 80 e estão até hoje fazendo a festa das nossas lombrigas: Salgados do Seu Neurísio e Seu Aniceto; Sorvetes do Peixe e do Kawakita, os pratos da Recanto; os trailers de lanches que eram da Praça da República e agora estão no Carnaíba. São delícias que a minha geração e todas as seguintes cresceram comendo, pratos que fazem parte do paladar de todos os moradores e matam de saudade e desejo quem hoje mora fora da cidade. Quem é daqui e vive longe sabe bem o que estou falando: todas as vezes que viemos a Paranaíba, TEMOS que comer alguns clássicos. De preferência, acompanhados de guaraná Cotuba de garrafinha verde de vidro!!


Falando sobre as opções de lazer gastronômico para os paranaibenses hoje, temos uma oferta mais variada com a Bella Praça, Cupim, Sabor do  Pescado,  Pelourinho, Kokk Kiir, trailers de fogaça  e casas de espetinho. Torcemos para que eles tenham vida longa e que venham muitas, muuuitas outras opções para nós. Que os restaurantes saibam valorizar o cliente e os cliente saibam valorizar nossos empreendedores. Afinal, chega de gastar gasolina para ir jantar do outro lado da ponte...

2 comentários:

  1. Curiosamente, eu tb conheci um desses mencionados, o Castelo, onde é o Peixe, hj em dia. E, acredite, era ótimo, onde íamos aos domingos, de noite...

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  2. Muito bom! Tinha uns aí que eu nem lembrava mais!

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